quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Continuo ausente

Estou a tornar-me repetitiva, eu sei. Os últimos posts só falam da minha ausência. Se calhar começava a escrever mais para me deixar disto, não?

Felizmente este 2016 está a acabar. Ainda não quero fazer o balanço mas estou ansiosa que venha o novo ano! Sei que vai ser melhor. Pelo menos assim o desejo, e pelo menos é isso que vou pedir quando estiver em contagem decrescente. Este ano que agora está a chegar (finalmente por um lado e tão depressa por outro) continua a pregar-nos partidas. Mas 2016 deu-nos uma coisa boa: aprendemos a relativizar mais. Aprendemos a descomplicar mais. Aprendemos a viver mais.
Afinal, se calhar, vou já fazer o balanço.
Não posso dizer que tenha sido um ano fácil. No início todos me diziam que os anos bissextos são... Desafiantes (acho que é o que melhor descreve este ano). Não acreditava. Acho que nunca tinha ligado muito a isso. Depois o ano foi-se desenrolando. Cheio de novidades. Mudanças estranhas. Notícias desagradáveis. Momentos tristes. Angústias.
Não foi sempre negro, claro que não. 2016 trouxe-me 2 dias maravilhosos para acrescentar ao calendário (engraçado que ambos os dias já estavam preenchidos com outros aniversários de outras pessoas da minha vida): trouxe-me, a 1 de junho, o nascimento do meu afilhado lindo. E trouxe-me, a 23 de agosto, o nascimento do meu sobrinho mais novo, o nosso polaquinho como lhe chamamos.
Foram dois dias maravilhosos, dias de verdadeira e genuína felicidade. Só porque sim. E "só" porque aqueles de quem gostamos estão felizes. E isso é mais do que suficiente!
Este ano trouxe-nos doenças novas. E outras antigas. Trouxe-nos varicela a dobrar. Trouxe-nos mais uma operação aos ouvidos e a notícia de que ela não fez bem o trabalho dela. (Sim, vamos ter de ir com o T. outra vez à "faca" - mas isso fica para lidarmos no próximo ano!). Trouxe-nos escarlatina. Trouxe-nos asma. Por isso as doenças também não nos deram tréguas.
2016 não foi amigo. Mas tal como disse, aprendemos a relativizar mais as coisas e a valorizar o que realmente importa. Este ano que está mesmo mesmo mesmo a chegar ao fim ensinou-nos que não controlamos NADA. Ensinou-nos que estamos sempre todos a crescer. Ensinou-nos que o sol pode brilhar muito em dezembro e que pode chover em agosto. E está tudo bem. Porque não podemos controlar o que nos está destinado. Porque a vida está sempre a acontecer.
Não, não bati com a cabeça e não me tornei numa optimista desnfreada durante este ano. Nada disso. Apenas aprendi a aceitar o que o Mundo tem para me dar. Tenho (como sempre) os pés bem assentes na terra, e sempre que há dois cenários, penso sempre no pior. Já não é defeito, é feitio.
Vivi(emos) dias, semanas, meses difíceis. Ainda assim estamos a assistir ao crescimento dos nossos filhos. Todos os dias. Todos os segundos.
Nem sempre fui uma boa mãe durante este 2016. Fui a melhor mãe que consegui ser. Tenho de aprender a ser menos severa comigo própria. Tenho de aprender a ser menos rígida comigo. É isso que vou pedir a 2017. Que me ajude a caminhar nesse sentido. Que me ajude a ser a melhor mãe para os meus filhos mas também que me ajude a ser a melhor Sara para a Sara.
Por isso, 2017 vem depressa e passa devagar. Ajuda-nos a lidar com os (garantidos) desafios que nos trazes com a maior serenidade possível. Ajuda-nos a sermos melhores para nós próprios e ajuda-nos (ao Mundo) a sermos mais pacíficos e harmoniosos. Traz-nos saúde. Podes vir, estamos prontos! :)

1 comentário: