quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O princípe T.

O princípe da casa veio sem avisar... Depois de um momento difícil nas nossas vidas, um descontrolo hormonal e... Teste positivo! Já tínhamos falado em ter mais filhos, mas a M. era ainda muito pequena. Tínhamos planeado começar a pensar no assunto no final de 2013, depois da M. fazer os 2 aninhos... Mas a vida nem sempre corre como planeado e em Março de 2013 descobrimos que eu estava grávida!!! Ironia do destino, a data prevista inicial do parto era exactamente igual à da M. O novo bebé iria nascer muito próximo da data do 2º aniversário da irmã. Num misto de uma imensa felicidade e um novo momento de pânico - e agora? Como vamos conseguir com dois? E ela é ainda tão pequenina... - contámos à família que voltou a ficar extremamente feliz, apesar de um pouco preocupada, dada a proximidade tão grande entre as duas crianças! Pensámos: Queríamos outro filho e a natureza assim quis que fosse nesta altura, portanto 'bora lá! Com uma gravidez ligeiramente mais agitada do que a primeira, lá passamos outro Verão quente... E eis que tínhamos de, mais uma vez, decidir em que dia iria nascer o princípe da casa... Bom, desta vez era ainda mais difícil acertar a data - eu tinha exactamente o mesmo tempo de gestação que tinha tido da M. Então, não poderia ser nem no dia dos anos do avô J. nem nos do avô E. nem nos do padrinho, nem nos da IRMÃ!!! Conclusão: marcamos a cesariana para dia 8 de Novembro de 2013! Tudo certo com a médica e cesariana marcada. Entretanto, conseguimos passar o dia de aniversário da M. (falarei dos aniversários e outros eventos mais à frente) sem sobressaltos e na presença de toda a família e amigos. Achei que como iria ser o último aniversário da M. sem o irmão, teria de ter uma festa memorável. E assim foi! :) No final da festa despedimo-nos até dali a 2 semanas, altura em que o pequeno T. iria nascer. Mas este meu filho não gosta de coisas combinadas... gosta sim das coisas à maneira dele! Então, 1 semana precisamente depois do aniversário da irmã, e depois de um belo almoço e dia passado na Ericeira com família e muitas castanhas à mistura, eis que me rebentam as águas! Tal nunca me tinha acontecido (a M. nasceu com data marcada e sem eu ter sequer tido um pequeno sinal de parto), mas a minha filha estava verdadeiramente agitada nesse dia (devia ter reparado nesse "sinal")... a sensação era estranha mas semelhante ao que já tinha ouvido falar... Então, resolvi ligar à médica que prontamente me disse: "Encontramo-nos na clínica". E assim foi. Foi uma viagem de carro absolutamente alucinante... Não porque eu tivesse qualquer dor (já sei, sou MESMO sortuda), mas porque a M. estava tão eufórica e o N. tão nervoso que eu nem sabia se havia de rir ou de chorar... Chegamos à clínica ao mesmo tempo que a maioria dos nossos amigos e familiares (sim, ocupámos a clínica quase toda, mas ia nascer o benjamim da família...). Entrei logo no bloco de partos e às 22h57m o meu mundo voltou a parar. O T. nasceu lindo, perfeito, maior do que a irmã mas mais frágil... e com ar de reguila (Afinal, pensavam que iam escolher quando é que eu nascia? Nã....). Voltei a sentir o que tinha sentido 2 anos antes, na mesma sala, com a mesma médica e com o mesmo pai babado ao meu lado... Parei outra vez de respirar, o coração voltou a parar e eu voltei a ser inundada por este amor incompreensível, completamente irracional, mas tão tão tão bom!! Sim, senti a mesmíssima coisa aquando do nascimento da M. E sim, é possível amar dois filhos da mesma forma. A única diferença é que desta vez havia mais uma pessoa com quem partilhar esta emoção que é o nascimento de alguém: a M. Mas isso conto-vos noutro post... Se já era feliz, passei a ser muito mais feliz. Não sabíamos, mas precisávamos do T. na nossa vida. Todos!

1 comentário:

  1. E, melhor do que um neto SÓ dois netos, que são um encanto, um enlevo, uma alegria ímpar para uma avó babada como eu!

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